O comentário otimista, do diretor de tecnologia da Huawei, Werner Haas, surge no momento em que as operadoras de telecomunicações do país aprimoram os critérios de segurança que fornecedores como a Huawei terão que cumprir para obter a certificação.
A Alemanha acaba de concluir um leilão de 6 bilhões de euros (US $ 7,4 bilhões) de espectro 5G que pode, por exemplo, operar fábricas “inteligentes”, preparando o terreno para a Huawei e rivais como Ericsson e Nokia disputarem bilhões em negócios.
"Esperamos que haja soluções boas e pragmáticas (de segurança) - e não temos dúvidas de que as cumpriremos", disse Haas a repórteres em Berlim.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem como alvo a Huawei como parte de seu esforço mais amplo para reequilibrar o comércio com a China, no mês passado impondo controles de exportação ao líder do mercado de redes globais baseado em Shenzhen.
Essa medida forçou os principais fornecedores ocidentais, como a fabricante britânica de chips ARM, a coibir as entregas e levou o fundador da Huawei, Ren Zhengfei, a alertar que a receita poderia chegar a 30 bilhões de dólares este ano como resultado.
LEVEL PLAYING FIELD
Na Alemanha, a maior economia da Europa, o governo e os reguladores, após longo debate, rejeitaram as chamadas dos EUA para banir a Huawei por motivos de segurança nacional.
Em vez disso, eles estabeleceram condições de concorrência equitativas para todos os fornecedores estrangeiros, exigindo que eles atendessem a critérios técnicos essenciais - como a criptografia forte de informações confidenciais, ou se uma rede é robusta o suficiente para resistir à sabotagem.
Esses critérios técnicos, esboçados em março, ainda estão sendo aperfeiçoados. Um outro requisito para que os fornecedores sejam considerados “confiáveis” para obter a certificação também está sendo discutido, e foi levantado pelo ministro da Economia, Peter Altmaier, na China na semana passada.
Uma preocupação no Ocidente tem sido uma lei de inteligência chinesa que exige que cidadãos e empresas ajudem o estado em investigações de espionagem. O fundador da Huawei Ren disse que nenhuma lei exige que sua empresa instale os chamados backdoors que poderiam ser usados para espionagem.
Haas disse que a Huawei, que mantém relacionamentos duradouros com fornecedores com a Deutsche Telekom, Vodafone e Telefonica Deutschland, já era bem conhecida na Alemanha como uma parceira segura, segura e confiável.
Ele também rejeitou as afirmações dos EUA de que backdoors em redes eram um problema. Em vez disso, disse ele, era vital para fornecedores e operadoras garantir que os bilhões de dispositivos e sensores que serão conectados à chamada Internet das Coisas sejam seguros.
"Esses são os maiores desafios", disse Haas.
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